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Tipo documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Ação vasoativa do veneno do sapo Rhinella marina em aorta de ratos Wistar
Autor(es): Santos, Cintia Vieira dos
Orientador(a): Bomfim, Gisele Facholi
Membro da Banca: Bomfim, Gisele Facholi
Membro da Banca: Mueller, Andre
Membro da Banca: Nascimento, Milena do
Resumo : O sapo da espécie Rhinella marina é muito abundante no Brasil. Seu veneno possui grande quantidade de bufadienolídeos, que são substâncias amplamente estudadas devido sua atuação na bomba NA+ /K+ ATPase. Nossa hipótese é que o veneno do R. marina possui uma ação vasoconstritora mediada pelos bufadienolídeos. Desta forma, buscamos caracterizar a vasoatividade deste veneno em aorta de ratos Wistar machos. Para isso, primeiramente o veneno foi coletado e realizado o extrato alcóolico do mesmo, que foi utilizado nos experimentos. Logo após foi realizada reatividade vascular em segmentos de aorta torácica (com e sem endotélio) para as concentrações 0,2 µg/ml, 2 µg/ml, 5 µg/ml e 7 µg/ml do extrato bruto do veneno. Avaliamos os potenciais mecanismos de ação envolvidos na resposta vasoconstritora e a atividade da NA+ /K+ ATPase. Testamos ainda a ação vascular do composto isolado marinobufagina, que é um dos bufadienolídeos presentes no veneno. Foi observada vasoconstrição induzida pelo extrato bruto do veneno tanto na presença, quanto na ausência de endotélio. Na presença do L-NAME, inibidor da oxido nítrico sintase, houve um aumento da resposta contrátil, sugerindo modulação endotelial desta resposta. Quanto aos mecanismos, observamos que os segmentos incubados com losartan, nifedipino e prazosin apresentaram diminuição na contratilidade, indicando que essa ação ocorre parcialmente via receptores AT1 de angiotensina II, canais de cálcio do tipo L e receptores α1 adrenérgicos, respectivamente. É importante destacar que o único bloqueio que aboliu completamente a resposta contrátil do veneno foi o antagonista dos receptores α1-adrenérgicos. Não verificamos alteração na resposta contrátil ao veneno na presença dos bloqueadores da via da ciclooxigenase (Indometacina) e de espécies reativas de oxigênio (apocinina). No teste da bomba NA+ /K+ ATPase, as aortas incubadas com veneno apresentaram uma porcentagem de relaxamento vascular superior ao controle, indicando que o veneno age potencializando o efeito de repolarização tecidual, e não contribui com a contração vascular promovida pelo veneno. O composto marinobufagina não apresentou nenhuma resposta vasoativa. Sendo assim, o veneno do sapo Rhinella marina possui uma potente ação vasocontritora, não associada aos bufadienolídeos, podendo ser um possível candidato para o tratamento de enfermidades vasculares, como a sepse.
Resumo em lingua estrangeira: Rhinella marina toad is very abundant in Brazil. Its poison has a large amount of bufadienolides, which are largely studied due to its influence on NA+/K+ ATPase. Our hypothesis is that R. marina poison has a bufadienolid-mediated vasoconstrictor action. Thus, our aim was to characterize a vasoactive action of this venom in the aorta of male Wistar rats. For this, the poison was first collected and the alcohol extract was prepared, which was used in the experiments. After, vascular reactivity was performed in aortic segments (with and without endothelium) for the concentrations 0,2 µg/ml, 2 µg/ml, 5 µg/ml and 7 µg/ml of the gross poison extract. We evaluated the possible mechanisms of action involved in vasoconstrictor response and the NA+ /K+ ATPase activity. We also tested the vascular action of the isolated compound marinobufagenin, which is one of the bufadienolides present in the poison. Poison-induced vasoconstriction was observed in the presence and the absence of endothelium. The presence of L-NAME, a nitric oxide synthase inhibitor, increased the contractile response, suggesting endothelial modulation of this response. About the mechanisms, we observed that the segments incubated with losartan, nifedipine and prazosin decreased contractility, indicating that this action occurs partially via angiotensin II AT1 receptors, L-type calcium channels and α1- adrenergic receptors, respectively. Importantly, the only blockade that completely abolished the contractile response of the venom was the α1-adrenergic receptor antagonist. There was no change in the contractile response to venom in the presence of cyclooxygenase (indomethacin) and reactive oxygen species (apocynin) pathway blockers. In the NA+ /K+ ATPase pump test, the aortas incubated with venom presented a higher percentage of vascular relaxation than the control, indicating that the venom acts enhancing the effect of tissue repolarization, and does not contribute to the venom-induced vascular contraction. Marinobufagenin compound showed no vasoactive response. Thus, the venom of the toad Rhinella marina has a potent vasocontrictive action, not associated with bufadienolides, and may be a possible candidate for the treatment of vascular diseases, as sepsis.
Palavra-chave: Rhinella marina
Aorta
Reatividade vascular
Venenos de anfíbios
Palavra-chave em lingua estrangeira: Rhinella marina
Aorta
Vascular reactivity
Amphibian venoms
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUS - Sinop
Departamento: Institutos de Ciências da Saúde (ICS) – Sinop
Curso: Enfermagem - CUS
Referência: SANTOS, Cintia Vieira dos. Ação vasoativa do veneno do sapo Rhinella marina em aorta de ratos Wistar. 2019. 66f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Ciências da Saúde, Sinop, 2019.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://bdm.ufmt.br/handle/1/1672
Data defesa documento: 2-Ago-2019
Aparece na(s) coleção(ções):Enfermagem - Sinop

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