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Tipo documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Perfil de nascidos vivos e mortalidade de crianças indígenas no Brasil e Mato Grosso em 2005 e 2015
Autor(es): Cardoso, Maria Teixeira
Orientador(a): Souza, Rita Adriana Gomes de
Membro da Banca: Souza, Rita Adriana Gomes de
Resumo : A criança indígena encontra-se, atualmente, num cenário de vulnerabilidade social, devido, principalmente, a sua condição histórica e social marcada por grandes transformações. A existência das desigualdades éticas e raciais deixa-as dependentes de um olhar diferenciado nos serviços de saúde, haja vista a forte discrepância nos fatores que contribuem para o adoecimento da criança indígena e suas elevadas taxas de mortalidade infantil. Apesar da urgência do tema, pouco se conhece sobre o perfil das crianças indígenas, em vários dos seus aspectos. Objetivos: Descrever o perfil de nascidos vivos e mortalidade de crianças indígenas no Brasil e Mato Grosso, nos anos de 2005 e 2015. Métodos: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritivo. A análise compreendeu o total de registros de nascidos vivos e de óbitos de crianças menores de 5 anos disponíveis no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos e no Sistema de Informações sobre Mortalidade. As variáveis analisadas foram: taxa de mortalidade infantil, taxa de mortalidade na infância, taxa de óbitos evitáveis em menores 5 anos, taxa de óbitos relacionados ao parto, taxa de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, faixa etária da mãe, estado civil da mãe, escolaridade da mãe, duração da gestação, tipo de parto, consultas de pré-natal, apgar 1º minuto e peso ao nascer. Os dados foram analisados com o auxílio do programa Epi Info versão 7.0. Resultados: De maneira geral, houve aumento da proporção de nascidos vivos de mulheres indígenas de 2005 para 2015 no Brasil e no Mato Grosso, porém as condições sóciodemograficas e obstétricas das mães indígenas apresentaram pior resultado em 2015 no Brasil, assim como em Mato Grosso, quando comparadas às condições das mães brancas. As mulheres indígenas foram as que apresentaram maior proporção de nascidos vivos mais jovens, maior proporção de mães solteiras e sem nenhuma escolaridade, aumento do parto cesáreo e de consultas de pré-natal, além de recém nascidos prematuros e pós-termos, com maior gravidade e com baixo peso ao nascer. As taxas de mortalidade relacionadas a saúde materno-infantil também foram maiores para os nascidos vivos indígenas, tanto no Brasil, quanto no Mato Grosso. Conclusões: De maneira geral, os recém-nascidos indígenas apresentaram resultados piores quanto as variáveis abordadas no estudo, evidenciando uma situação de vulnerabilidade que requer um olhar e abordagem diferenciados para esta população.
Resumo em lingua estrangeira: The indigenous child is currently in a scenario of social vulnerability, mainly due to its historical and social condition marked by major transformations. The existence of ethical and racial inequalities leaves them dependent on a differentiated view in the health services, given the strong discrepancy in the factors that contribute to the illness of the indigenous child and their high infant mortality rates. Despite the urgency of the topic, little is known about the profile of indigenous children in many aspects. Objective: To describe the profile of live births and mortality of indigenous children in Brazil and Mato Grosso, in 2005 and 2015. Methods: This is a quantitative, descriptive study. The analysis comprised the total number of live births and deaths of children under 5 years of age available in the Live Birth Information System and in the Mortality Information System. The variables analyzed were: infant mortality rate, infant mortality rate, preventable death rate in children under 5 years old, birth rate, mortality rate due to infectious and parasitic diseases, maternal age, maternal marital status , maternal schooling, duration of gestation, type of delivery, prenatal consultations, apgar 1 minute and birth weight. The data were analyzed with the aid of the Epi Info program version 7.0. Results: In general, there was an increase in the proportion of live births of indigenous women from 2005 to 2015 in Brazil and Mato Grosso, but the sociodemographic and obstetric conditions of indigenous mothers had a worse result in 2015 in Brazil, as well as in Mato Grosso, when compared to the conditions of white mothers. Indigenous women had the highest proportion of younger live births, a higher proportion of unmarried mothers, with no schooling, increased cesarean delivery and prenatal consultations, as well as preterm and post-term newborns, with greater severity and low birth weight. Mortality rates related to maternal and child health were also higher for indigenous live births, both in Brazil and in Mato Grosso. Conclusions: In general, the newborns presented worse results regarding the variables studied, evidencing a situation of vulnerability that requires a different approach and approach for this population.
Palavra-chave: Saúde indígena
Nascidos vivos
Mortalidade infantil
Sistemas de informação em saúde
Palavra-chave em lingua estrangeira: Health of indigenous peoples
Live birth
Infant mortality
Health information systems
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Instituto de Saúde Coletiva (ISC)
Programa: Saúde Coletiva - CUC
Referência: CARDOSO, Maria Teixeira. Perfil de nascidos vivos e mortalidade de crianças indígenas no Brasil e Mato Grosso em 2005 e 2015. 2018. 64 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Saúde Coletiva) – Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Saúde Coletiva, Cuiabá, 2018.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://bdm.ufmt.br/handle/1/2987
Data defesa documento: 26-Oct-2018
Aparece na(s) coleção(ções):Saúde Coletiva - Bacharelado

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