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Tipo documento: Trabalho de Conclusão de Curso
Título: Prevalência de distúrbios do sono e sua associação com marcadores do consumo alimentar em pacientes com síndrome pós-covid-19
Autor(es): Metzler, Laísa Vitória de Souza
Orientador(a): Rodrigues, Paulo Rogério Melo
Membro da Banca: Rodrigues, Paulo Rogério Melo
Membro da Banca: Muraro, Ana Paula
Membro da Banca: Souza, Bárbara da Silva Nalin de
Resumo : Introdução: A pandemia teve impacto significativo na saúde pública, resultando em milhões de casos e óbitos em todo o mundo. Além disso, surgiram preocupações com a síndrome pós-COVID-19, caracterizada por sintomas persistentes após a recuperação. Medidas como distanciamento social foram implementadas para conter a propagação do vírus, mas tiveram consequências socioeconômicas e impactos na saúde, como distúrbios do sono e mudanças nos padrões alimentares. Objetivo: Estimar a prevalência do distúrbio do sono em pacientes com síndrome pós-COVID-19 e sua associação com marcadores do consumo alimentar. Métodos: Estudo transversal, parte de uma coorte ambidirecional, avaliou 160 pacientes com COVID-19, residentes em Cuiabá e Várzea Grande, 12 meses após alta hospitalar. A amostra incluiu indivíduos de 18 anos ou mais que foram internados entre outubro de 2021 e março de 2022. Foram verificadas variáveis sociodemográficas, econômicas, consumo alimentar e sintomas persistentes, com destaque para os distúrbios do sono, avaliadas quanto à satisfação e alteração após a alta. Utilizou-se o teste Qui-quadrado para investigar a associação entre distúrbios do sono e marcadores de consumo alimentar, adotando-se 5% como nível de significância. Resultados: Dos 160 indivíduos avaliados doze meses após alta hospitalar por COVID-19, a maioria era mulheres 59,0%, adultos entre 18 e 59 anos (60,0%), 61,5% se autodeclararam pardos e 55,8% tinham apenas o ensino fundamental. Além disso, 32,0% declararam renda de até 3 períodos-mínimos, 47,3% trabalharam durante a internação, mas 58,4% não retornaram ao trabalho após a alta. Sobre o consumo alimentar, 61,8% dos participantes consumiram feijão menos de cinco vezes por semana e 81,8% tiveram baixo consumo de verduras. O consumo de frutas também foi escasso, com 96,2% consumindo menos de cinco vezes por semana. Quanto aos alimentos não saudáveis, 81,2% consumiram refrigerantes com pouca frequência, mas 31,8% afirmaram consumir doces regularmente. Em relação ao sono, 53,6% estavam satisfeitos, com maior prevalência entre os homens 60,2% e entre aqueles com renda de 2 a 3 períodos mínimos. A satisfação com o sono foi associada a características como maior escolaridade e manutenção do emprego após alta hospitalar. Por outro lado, 34,9% dos indivíduos relataram alterações no sono, sendo mais frequentes entre homens e aqueles que ajudaram a trabalhar. A análise indicou que a não retomada do trabalho foi significativamente associada a alterações no sono. No entanto, não foram visualizadas diferenças estatisticamente significante entre o consumo alimentar e os distúrbios do sono, apesar de pequenas variações na frequência de consumo de alimentos saudáveis e não saudáveis entre os grupos específicos. Conclusão: Embora este estudo não tenha encontrado associações significativas entre os padrões alimentares e a qualidade do sono, a literatura sugere que tanto a alimentação quanto o padrão de sono adequados desempenham papéis relevantes e influenciam um ao outro. Fatores socioeconômicos, como renda e estresse emocional, também foram mostrados determinantes para a recuperação dos padrões normais de sono. O retorno à rotina de trabalho contribuiu positivamente para a melhoria do sono e da qualidade de vida.
Resumo em lingua estrangeira: Introduction: The pandemic had a significant impact on public health, resulting in millions of cases and deaths worldwide. In addition, concerns have arisen about the post-COVID-19 syndrome, characterized by persistent symptoms after recovery. Measures such as social distancing were implemented to contain the spread of the virus, but had socioeconomic consequences and health impacts, such as sleep disorders and changes in eating patterns. Objective: To estimate the prevalence of sleep disorders in patients with post-COVID-19 syndrome and its association with food consumption markers. Methods: Cross-sectional study, part of an ambidirectional cohort, evaluated 160 patients with COVID-19, living in Cuiabá and Várzea Grande, 12 months after hospital discharge. The sample included individuals aged 18 or over who were hospitalized between October 2021 and March 2022. Sociodemographic and economic variables, food consumption and persistent symptoms were verified, with emphasis on sleep disorders, assessed regarding satisfaction and change after the high. The Chi-square test was used to investigate the association between sleep disorders and food consumption markers, adopting 5% as the significance level. Results: Of the 160 individuals evaluated twelve months after hospital discharge for COVID-19, most were women 59.0%, adults between 18 and 59 years old 60.0% and 61.5% self-declared brown. In terms of education, 55.8% had only elementary school, while 32.0% declared an income of up to 3 minimum periods. Regarding work, 47.3% worked during hospitalization, but 58.4% did not return to work after discharge. Regarding food consumption, 61.8% of the participants consumed beans less than five times a week and 81.8% had low consumption of vegetables. Fruit consumption was also scarce, with 96.2% consuming less than five times a week. As for unhealthy foods, 81.2% consumed soft drinks infrequently, but 31.8% said they consumed sweets regularly. Regarding sleep, 53.6% were satisfied, with a higher prevalence among men 60.2% and among those with income of 2 to 3 minimum periods. Satisfaction with sleep was associated with characteristics such as higher education and maintenance of employment after hospital discharge. On the other hand, 34.9% of individuals reported sleep changes, being more frequent among men and those who helped work. The analysis indicated that the non-resumption of work was significantly associated with sleep changes. However, no statistics were visualized between food consumption and sleep disorders, despite small variations in the frequency of consumption of healthy and unhealthy foods among the specific groups. Conclusion: Although this study did not find significant associations between dietary patterns and sleep quality, the literature suggests that both adequate nutrition and adequate sleep patterns play relevant roles and influence each other. Socioeconomic factors, such as income and emotional stress, have also been shown to be determinants for the recovery of normal sleep patterns. Returning to the work routine contributed positively to restoring sleep and improving quality of life.
Palavra-chave: Síndrome pós covid-19
Pandemia
Alimentos
Duração do sono
Palavra-chave em lingua estrangeira: Post covid-19 syndrome
Pandemic
Food
Sleep duration
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso
Sigla da instituição: UFMT CUC - Cuiabá
Departamento: Faculdade de Nutrição (FANUT)
Curso: Nutrição - CUC
Referência: METZLER, Laísa Vitória de Souza. Prevalência de distúrbios do sono e sua associação com marcadores do consumo alimentar em pacientes com síndrome pós-covid-19. 2024. 43 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Nutrição) – Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Nutrição, Cuiabá, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://bdm.ufmt.br/handle/1/5086
Data defesa documento: 24-Out-2024
Aparece na(s) coleção(ções):Nutrição - Bacharelado

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